sábado, 27 de junho de 2009

Sofro a tua perda!

Corro até á praia, abro a porta e foi ai que vi que já não estavas
lá á minha espera. Tinha ido sem mim e não dissestes nada.
Foi ai, que tudo pareceu tão confuso, deixei de pensar e cai no chão.
Senti que ia cair, mas já não tinha forças para me segurar.
Eu estava a cair tão por dentro como por fora e deixei ir,
não sabia como ia sair daquela manha tão escura!
Foi então que umas enormes mãos me apanharam do chão, onde eu
esta sem sentidos. A partir daí cada dia que vivia senti
que estava a morrer, devido á minha grande dor, queria fugir.
Mas isso implicava ter de o esquecer e isso, eu não conseguia!
Passaram meses na minha vida, que para minha foram longos anos,
Anos esses em que não via nada para além da escuridão, sem cura!
Todas as manhas, ia até aquele lugar e continuava a ver aquele
grande vazio. O meu pai proibiu-me de pensar e falar de ti,
todas as manhas que me vi sair casa dizia que não prestavas.
Mas nunca foi capaz de me parar, tinha medo de ver-me no colchão
desanimada da vida, sem comer nem beber, por isso só me seguia!
Embora tivesse a certa que não me ia ver chorar, sabia
que estava a sofrer a cada dia que não estava contigo, porque pensava
em ti. Mesmo quando dormi acordava a chorar porque sonhava que ia
caminhar para o nosso lindo pardo, para esta contigo. Quando o cenário
mudava e dava lugar a um enorme vazio no meio de uma grande floresta
em que estava tudo escuro e tu não estavas lá para me guiar para o rio!
Onde consigo ouvir a tua voz, um pouco distante, só depois soube que era teu.
Foi para lá que tinhas ido sem mim, no meu sonho também vi o meu predador.
Ele olhava para mim com um ar cheio de dúvidas, embora pensasse na sua sorte.
Queria saber o me estava atormentar o meu olhar, via que não era medo dele,
era um medo ainda maior, medo de continuar a viver com a aquela dor!
Porque tinha perdido quem mais amava, por isso só espera que ele
me matasse depressa, que matasse a sua cede. Mas depois tu aparecias
e eu depois não era só a dor da tua falta que sentia mas também a paixão que resta
de todo o amor que durante meses estava a guardar. É ai que acaba a minha jornada
e por isso choro porque não passa de um sonho. Para sufocar o choro ponha panos
na minha boca para o meu pai não ouvir, que ainda estou tão mal como naquele
dia em que o amigo dele me encontrou desmaiada, na escuridão a tua espera!
Ele bem que disso ao meu pai, que já temia por mim, mas sabia que não compensava
tentar trazer-me de volta, que tinha de esperar nem que isso levasse uma era.
Agora que penso que tudo acabou de um dia para o outro,
que não tive a oportunidade de lhe pedir para ir com ele ainda sofro mais.
Acabou, mas voltou a começar quando ele viu que me estava a perder!
Tento morrer também, mas não consegui porque já estava morto de saudades,
a nossa enorme distancia foi levada ao extremo, dos extremos!
Foi a maior provação que tivemos de passar, foi demais
tão para mim como para ele. Por isso, ele encontrou os remos
que tinha perdido e veio ter comigo noutro,
que encontro na sua floresta.

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