quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Renascida



Do meu pequeno inferno
vejo, sinto e respiro a dor.
Eu própria sou a dor,
a dor que sufoca a sua presa
com as suas garras!

Eu sou o fogo que queima,
mas que não mata.
Eu sou a chama
que fará de ti simples cinzas!

Eu sou tudo
e também não sou nada!
Eu sou o que mais desejas
e o que mais receias!

Eu vejo o mundo,
mas ele nunca me vê!
Eu caminho por este mundo,
numa caminhada que não tem fim!

sexta-feira, 19 de março de 2010


Ontem, quando fui à papelaria comprar umas gomas, olhei para a escola dos pequeninos...
Vi-os a sorrir, a brinca uns com os outros, nesse momento senti saudades e também inveja deles, porque estavam a viver o momento com tanta felicidade e alegria...
Tive saudades do meu tempo de criança, aquele tempo em que ria por rir, naquele tempo em que era realmente um ser feliz e sem quaisquer preocupações; nesse tempo sentia-me feliz comigo própria e comigo mesma, o mundo era uma constante descoberta, que me fascinava....
Mas agora, agora rio para esconder a tristeza que trago no meu coração e na minha alma, bem sei que é um riso cínico, mas não tenho outra forma de esconder aquilo que não quero que os outros saíbam....
Sinto-me um ser que vive, mas que ao mesmo tempo não é vivente; é um ser que vive porque assim tem de ser....
A morte podia ser uma solução, mas essa era uma decisão que ia magoar muitas pessoas que amo e é por essa razão que nunca segui essa solução...
Amo a vida, tudo o que é vivo para mim é precioso... Mas a minha vida não vale de nada, porque me faltam determinadas coisas, que para mim são fundamentais....
Por isso, digo que vivo mesmo sem na realidade viver a vida!